Pra quem gosta de histórias mal contadas...

A vida como ela é, o mundo bizarro, monga, a mulher gorila, o maior espetáculo da terra, a luz, a sombra, a mulher, o homem, a barba, os bárbaros, as invasões, os ciganos e o gelo... tudo isso por um precinho módico.Bem vindo ao teatro das ilusões!!!

 

terça-feira, julho 25, 2006

 

O homem! 

Passou o tempo da doçura. Hoje é tempo de aspereza, de arestas mal aparadas, de espinhos-em-pé-de-guerra. Há que endurecer e mandar a ternura às favas. Não há o que dizer daquele garoto. Dele resta pouco. Resta um (naco). Resta nada. Aqui quem vos fala é o homem que assina embaixo, o homem de palavra, o homem da frase feita. Não, não, não há espaço para gracinhas ou improvisos. Aqui, o homem da capital, o homem do capital: o pecado mor. Aqui, o homem, já (se) basta: aprendeu a mentir pra si mesmo (e o faz como poucos). Ninguém é capaz de enganá-lo tão bem, com tamanho engenho, com tamanha perícia, com tamanha pequenez. O homem, agora, brinca feito criança e, quando come, se lambuza.

Silêncio, silêncio, silêncio que ora passa o homem! E vem aos tropeços. Cada topada, um degrau; cada rasteira, um rival (escada abaixo). Silêncio, olhos abertos: é hora de vê-lo jogar. Cartas à manga: valetes, espadas, curingas: está na mão. Está na hora: degola. Degola, porque já passou – já passou o tempo da doçura. Nasce o tempo da esperteza, de andar de cara amarrada, de crer no que já é. Há que enlouquecer e mandar a ternura aos fados.

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segunda-feira, julho 24, 2006

 

De amoras, amores e valores 

Dizia de entendimentos, mas ali só cabia o mal entendido, a língua presa, o coito interrompido. Essa coisa de parar na pista, só pra procurar cabelo em ovo, só pra dar nó cego em pingo d’água. Deram pra perder tempo em devaneios mil. Tergiversavam sobre os descaminhos daquela interlocução (entrecortada). Residia ali o problema. Ela gostava de amoras, ele de ameixas. Um problema cromático-gustativo que – embora não devesse – tornou-se a barreira mor a separá-los, pondo-os de lado em nome da discórdia, da contenda. Fez-se bélico o balé de outrora e não valia mais girar em torno. No salão, ora descampado, o ritmo era um tanto mais seco e o sangue, agora, corria em outras praias. Apartaram-se assim, num átimo. E ele só entendeu mais tarde o valor das amoras. E dos amores.

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sábado, julho 22, 2006

 

O tempo, o rumo e a prosa 

Você achou que estava tudo certo, nos conformes, em cima da pinta, mas não. Agora mudou tudo. Sempre muda. Sempre mudo: sem palavras (nem sagradas, nem proféticas, nem mundanas). Calado. E só. Liga pra ela e diz que agora não dá mais, que os tempos são outros, que pedra que não rola cria limo, que o sol isso que o tempo aquilo: fale grego, filosofe etimo(i)logicamente; talvez assim vocês se encontrem, comunguem, sintam-se, enfim, capazes de trocar uma idéia, uma experiência e, quiçá, salivas. Conte a ela que sentiu-se mais velho inda ontem. Mas não conte (esconda) que rejuvenesceu ao ouvir da balzaca um "é uma criança ainda" quando - sabe-se-lá-por-quê - deram pra falar de idades entre uma birita e outra. Mude de assunto, jogue conversa fora, porque conversa também vence, em prosa, em verso e na lousa que um dia chamou-se "quadro-negro, a seu dispor". Mude, mude, mude o rumo desse conversê, porque tá preta a coisa e o que você achou que estava perto, retilíneo, uniforme, no outro extremo da ponte, agora está longe, longe, longe: ponto no infinito.

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